Mulheres empreendedoras dão exemplo de solidariedade, afeto e resistência

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Joana Santos Mota, do Fórum de Economia Solidária Municipal e Estadual.

Solidariedade, afeto e resistência são marcas das mulheres autônomas que fazem do empreendedorismo não apenas um meio de sustento, mas também de organização política. Esse é o caso de Joana Santos Mota, de 58 anos, empreendedora do bairro do Tapanã que participa do Fórum de Economia Solidária Municipal e Estadual. Ela atua nesse seguimento desde 1999, quando participou da construção do encontro de Economia Popular Solidária (EPS) em Belém, no primeiro mandato municipal do prefeito Edmilson Rodrigues.

“Eu, uma mulher empreendedora e mãe de família formei meus filhos com essa luta. Outras mulheres também criaram seus filhos por meio da economia solidária, uma economia justa e humana. Temos o objetivo de fortalecer a nossa comunidade com a geração de trabalho e renda”, informa.

A Coordenadora do Fundo Ver-O-Sol, Georgina Galvão, afirma que a Prefeitura de Belém tem um papel fundamental para o desenvolvimento da política de autonomia de mulheres empreendedoras. Ela diz que “mesmo com poucos recursos e num momento crítico de pandemia, estamos trabalhando junto à Fundação Papa João XIII (Funpapa), a partir de uma abordagem localizada, fazendo uma proximidade com as comunidades e realizando uma escuta qualificada com as mulheres empreendedoras”.

Georgina adianta que a política de microcrédito para as mulheres é prioridade da gestão municipal, por isso o Fundo Ver-O-Sol estuda projetos como o Banco Comunitário e a Moeda Social, que beneficiarão negócios geridos por mulheres, a partir de formação e incentivo à economia solidária. A estimativa é que o benefício para microempreendedoras individuais variem de R$ 300 até R$ 5 mil e para pequenas empresas com CNPJ, até R$ 10 mil. Além disso, será lançado um edital de inovação que incentivará jovens empreendedores com até 24 anos.

Luta constante – Para as Joyce Farias e Maria Luiza empreender também tem a ver com ancestralidade negra, ou seja, com a força de suas ancestrais que transformaram as dificuldades da vida em oportunidades.  “Para mim, ser uma mulher empreendedora é ser uma mulher que resiste. Empreender não é fácil, mas a gente consegue driblar as dificuldades e transformar elas em oportunidades. É uma luta constante, diária. Eu vejo como um ato de resistência”, é o que acredita a trançadeira Joyce Farias, de 32 anos.

Quem comunga da opinião da trançadeira é a artesã e integrante do grupo Pretas Paridas de Amazônia, Maria Luiza de Carvalho Nunes, de 63 anos. Ela entende o empreendedorismo como “memória ancestral, ato de cuidado, afeto e resistência”. O coletivo que participa tem como fundamento a valorização da cultura negra e da Amazônia, pautados no respeito e afeto mútuos entre mulheres.

(Fonte: Rede Pará)

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