Incubadora de Economia Solidária de Santo André tem vagas para os segmentos de artesanato e alimentos

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A Incubadora Pública de Economia Solidária de Santo André está com oportunidades abertas a pessoas com talento para o artesanato ou produção de alimentos. O programa, que tem como objetivo formar empreendedores com apoio, capacitação e experiência em vendas, ainda tem capacidade para atender novos incubados dos segmentos de alimentação e de artesanato.

Quem tiver interesse em ingressar na incubadora deve entrar em contato pelo telefone 4459-7273 e agendar uma entrevista. Para concorrer a uma vaga é necessário que o empreendedor resida em Santo André e que os produtos e alimentos sejam feitos de forma artesanal, pelo próprio empreendedor.

O artesanato e a alimentação foram a saída encontrada por muitas pessoas atingidas pelo desemprego durante a crise econômica provocada pela pandemia. Estão conseguindo gerar renda mesmo sem capacitação ou experiência em vendas. A incubadora oferece a oportunidade de profissionalizar o trabalho, desenvolver o empreendedorismo, ajudando a pessoa a crescer e seguir sozinha na gestão do empreendimento”, disse o secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego, Evandro Banzato.

Quem ingressa na incubadora passa por formação teórica e pela experiência prática. Logo de início recebe informações sobre os princípios da economia solidária, sobre o espírito empreendedor, o trabalho de forma coletiva e também é direcionado para participar de cursos de capacitação do Sebrae, sobre temas como precificação, estratégia de vendas, atendimento ao cliente, entre outros.

Paralelamente passa a expor seus produtos, no caso das peças de artesanato, na loja da incubadora no Atrium Shopping, na Vila Homero Thon, e na feira de artesanato que acontece às terças e quintas atrás da Igreja do Carmo, no Centro. Os empreendedores do ramo de alimentos participam apenas da feira ao ar livre.

A ideia é que os empreendedores adquiram intimidade com o comércio, ao participar dos dois formatos de venda, que conheçam a diferença de perfil de público, as necessidades de cada local. A maioria não tem experiência nenhuma, porque o programa é direcionado, justamente, para pessoas muito embrionárias em seus empreendimentos, com maior vulnerabilidade social”, explicou a diretora do Departamento de Apoio ao Trabalhador, Maria de Lourdes Lopes. A Incubadora de Economia Solidária conta hoje com 21 empreendedores assistidos.

Maria de Lourdes destaca que os incubados ficam com 100% da renda gerada com a comercialização dos produtos. “Na loja, a cada dia ficam dois empreendedores, que têm a responsabilidade de vender todos os produtos. E com isso aprender como funciona uma loja, fechar o caixa, por exemplo. Cria-se também a consciência de grupo, importância da divisão de responsabilidades”, acrescentou. A loja é cedida pelo Atrium Shopping, sem custo para a Prefeitura.

Para a arte educadora e artesã Elyde Moreira da Silva, a participação no programa, com a oportunidade de ter uma experiência de comercialização na loja, ensina como funciona realmente o mecanismo de empreender. “Essa experiência de ter um ponto fixo dá todo o respaldo para o empreendedor. Aqui eu tenho um lugar seguro, tranquilo, com vitrine e com a possibilidade de conhecer o cliente, conversar, aprender sobre vendas, a calcular custo, a fechar caixa”, contou.

Elyde confecciona bonecas pretas de tecido que ela criou para suprir uma necessidade de materiais pedagógicos que contemplassem a identidade das crianças pretas. Levou suas criações para as escolas e as professoras e alunos começaram a pedir para comprar. Com tanta procura, ela decidiu, há quatro anos, criar a marca Cria Criôla, e há dois anos faz parte da Incubadora de Economia Solidária.

Outra empreendedora que participa do programa é Inês Cristina Figueiredo, que achou na profissionalização do seu trabalho com artesanato mais do que a oportunidade de gerar renda para complementar a aposentadoria. Encontrou também um motivo para continuar ativa, com sonhos e objetivos e não se entregar à tristeza depois da morte da sua mãe, com quem morava.

Quando eu trabalhava, fazia crochê e tricô no trem e no ônibus para me distrair e as peças iam para amigos, para parentes. Depois que ingressei na incubadora, passei a enxergar o empreendedorismo de outra forma, aprendi muita coisa sobre comércio, diversifiquei meus produtos, aprendi a vender não só minhas peças, mas as de outras pessoas também, aprendi a trabalhar em grupo e hoje sinto que esse trabalho na verdade me alivia, me deixa mais feliz”, contou Inês, que tem 63 anos, era assistente de vendas e hoje é responsável pela contabilidade da loja.

( Fonte: abcreporter.com.br )

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