Terreiros inauguram loja de plantas e produtos naturais no Pelourinho
Produtos são feitos pelos 15 terreiros que integram a rede de economia solidária
Os primeiros passos podem significar muito, principalmente quando representam maior independência e valorização daquilo que se propõe. Este foi o sentimento durante a inauguração da Botica da Rede de Hortos de Plantas Medicinais e Litúrgicas (Rhol) na manhã desta quinta-feira, 28.
Localizada na rua João de Deus, no Pelourinho, em Salvador, o estabelecimento visa gerar renda, preservar a flora local e valorizar a identidade das religiões de matriz africana. Sendo, portanto, a primeira rede de comercialização direta entre os terreiros de candomblé, que engloba Salvador e região metropolitana.
A Rhol conta com 15 terreiros e foi uma das 54 iniciativas contempladas pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), por meio do Edital de Economia Solidária de Matriz Africana Presente. “É a afirmação das religiões pela via da colaboração e da força coletiva”, disse a titular da Setre, Olívia Santana.
Cada terreiro paga o valor mensal de R$ 50 mais 10% das vendas. São comercializados cerca de 40 espécies de plantas medicinais e litúrgicas, costuras, vestuários, doces, frutas, peças artesanais. Os produtos possuem preços a partir de R$ 5. A renda servirá para manutenção do empreendimento e fonte de renda para os terreiros.
“É uma forma sustentável e coletiva de fazer comércio, usando recursos naturais. Queremos mostrar a qualidade dos produtos e oferecer uma maior integração entre os terreiros, sem o intermediário. A rede é aberta, outros terreiros podem participar”, destaca a coordenadora Sueli Conceição.
“É um ponto de referência e funciona como escoamento dos produtos. Quem não é praticante do candomblé também encontrará um ambiente acolhedor”, afirma a coordenadora Luciana Souza.
*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira
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